quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

SUICIDE SQUAD (2016)


A DC parece aqueles miúdos ciumentos que não podem ver os amiguinhos a fazer alguma coisa que querem logo imitar. Ora, viram a Marvel a criar com muito sucesso um universo cinemático e logo correram a tentar fazer o mesmo. Independentemente daquilo que eu acho dos filmes da Marvel, o que é certo é que têm sabido gerir muito bem os seus super-heróis. A DC, por seu turno, tem ao seu dispor a melhor matéria-prima. Fogo, afinal tem Batman, Superman e o Joker, só para referir alguns. É certo que o seu universo ainda é curto, e só tem aqueles dois filmes do Superman que, basicamente, são cocó.
Como viram que as coisas não tinham corrido como o esperado, decidiram mudar um pouco o tom e forma de fazer os filmes, e dão-nos aqui um filme bem melhor que os anteriores, mas ainda com problemas. E se a Marvel tem os seus Avengers, a DC começou já a juntar uma série de personagens neste Suicide Squad, e daqui a uns tempos o Justice League.



SPOILERS

A história deste filme é simples. Como o Superman está morto, uma mulher que deve trabalhar para o governo (Viola Davis) acha que é boa ideia juntar um conjunto de bad-guys, cada um com o seu "poder", para fazer face a uma possível ameaça. Não sei se será a melhor ideia do mundo, mas é só isso.
O filme começa bem, ao som dos The Animals ("House of the Rising Sun"), logo com uma cena do Batman a capturar o Deadshot. Serve para apresentar o personagem do Will Smith e como cameo do Batman. Afinal, temos que nos lembrar que é tudo o mesmo universo.
Depois vão sendo apresentados todos os personagens: a Harley Quinn, o Captain Boomerang, o Killer Croc, etc. 
Entretanto aparece uma espécie de monstro que ameaça a Terra com um raio para o céu. (A sério que todos estes filmes têm SEMPRE a merda de um raio para o céu??)
Depois, sem mais nem menos, aparece mais uma personagem, a Kitana, só porque sim. Mas é sempre cool ter uma mulher samurai de espada na mão. 
Isto tudo vai-se passando e ao mesmo tempo vão existindo uns flashbacks com a história do Joker e da Harley Quinn e da relação entre eles. A bem dizer, se cortassem as cenas dele o filme continuaria igual. Não traz nada de novo. Eu acho que ele está lá porque é o Joker, e as pessoas querem sempre ver o Joker
Entretanto, o gajo aparece para salvar a Harley, mas acontece que ele (aparentemente) morre. Ela fica devastada, mas dois minutos depois já está tudo bem. 
Dá-se o confronto final com a Enchantress e final de filme.


O filme acaba por ter algumas coisas boas e outras muito más. Antes de mais, de referir a óptima banda-sonora. Se neste filme conseguem incluir "Seven Nation Army", "Bohemian Rhapsody" ou "Sympathy For the Devil", isso merece o meu respeito. Depois gostei ainda dos elementos de humor, coisa que faltava nos filmes anteriores. Claro que isso tudo vai às costas do Will Smith e da Margot Robbie. Só o carisma do Deadshot chegaria, mas se juntarmos o lado louco e sexy da Harley Quinn, então temos mais que suficiente para salvar o filme. 
No lado das coisas más temos o vilão e vilã que são uma merda. A Enchantress está lá para se abanar. Aquele final foi para esquecer. 
Claro que tinha de ter uma palavrinha sobre o Jared Leto como Joker. Já toda a gente sabe que o gajo é bom actor, mas também sabemos que o Joker do Heath Ledger ainda está muito fresco na memória. Sobre esta versão, confesso que tenho mixed-feelings. Se calhar no futuro vai ter tempo para aprofundar melhor o personagem, mas aqui pareceu-me apenas um psicopata "normal". Vamos ver como se sai no futuro.

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