terça-feira, 22 de novembro de 2016

THOR (2011)


Chegou a vez de apresentar mais um personagem ao mundo da MCU. Uma coisa interessante de ver nisto da Marvel, é a introdução de outras mitologias, outros universos. Thor é um deus nórdico, e vá-se lá saber como, Stan Lee e companhia conseguiram encaixar esta personagem no seu mundo. E para fazer este personagem no cinema nada como ir buscar um gajo que se parece com um deus nórdico capaz de humedecer as partes íntimas das meninas e meninos que gostam disso.
Já surpreendente foi a contratação do Kenneth Branagh para a realização. Um gajo que nunca fez nada de blockbusters com orçamentos milionários vê-se encarregue de trazer ao grande ecrã esta mitologia. Pode ser surpreendente, mas até compreensível. Um gajo que está habituado a representar, encenar e realizar Shakespeare (seja no cinema como no teatro), tem aqui oportunidade de fazer isso para o grande público mas escondido nos efeitos especiais da mitologia. Sim, porque este filme tem todos os temas mais shakespearianos: família, rivalidades, exílio.
Confesso que estava curioso para saber como isso iria resultar no grande ecrã, mesmo não sendo fã da Marvel, sou um adepto da literatura de Shakespeare, apesar das horas mal dormidas na faculdade à custa de algumas obras dele. (Para dizer a verdade, as horas mal dormidas na faculdade nunca se deveram ao estudo propriamente dito). Mas gosto da literatura do gajo, desde as tragédias às comédias. Como é que esses temas seriam tratados neste filme é que já era mais complicado. 

O filme começa com a introdução dos personagens de Thor e o irmão Loki, lá no reino de Asgard. O herdeiro do trono será, à partida Thor, o que deixa o Loki com uma certa inveja. Acontece que Thor é um filho da puta arrogante e com a mania que é mais esperto e forte que os outros. Sabemos que o Thor vai ser o herói, mas ao início nós só temos vontade de lhe ir às trombas para ver se perde aquele sorrisinho. Já o Loki parece ser o mais sensato, não que entrar em lutas desnecessários. Para uns poderá parecer um covarde. Eu digo que ele é esperto. 
Devido a uma série de acontecimentos, que não interessam muito, o Thor é banido do reino e exilado na Terra. Conhece a Natalie Portman. Entretanto o rei (Anthony Hopkins) cai num sono profundo e o Loki toma o seu lugar. As coisas não correm bem. Loki vira para o lado negro da Força. Sim, é uma referência a Star Wars, mas o Loki acaba por ser uma espécie de Anakin Skywalker. Começa bem, gostamos dele, e depois vira para o lado mau. E aqui, gostamos de o odiar. E porquê? Porque o raio do actor é bom que se farta. Aliás, o Tom Hiddleston é a melhor coisa do filme, mesmo tendo Hopkins e Portman no elenco. É o vilão que gostamos, e até certo ponto, conseguimos torcer por ele. Por um lado queremos que desapareça, por outro, queremos que esteja sempre presente. A presença do gajo é impressionante. Mesmo tendo aquele ar lingrinhas, as expressões dele intimidam. E aqui tenho de tirar o chapéu à Marvel, pois tem até agora o melhor vilão dos seus filmes. No entanto, ele torna-se assim o vilão quase de repente. Poderiam ter perdido mais tempo nesta transição e menos noutras coisas que não interessam.
Na Terra, o Thor não consegue levantar o martelo. E isto dito assim, parece um problema que se resolveria com um comprimido azul. Acho que só tinha de se tornar digno de usar o martelo. Como? Tem de ser bonzinho. É isso que faz, e depois lá o consegue segurar e utilizar.
Entretanto vão acontecendo umas coisas em Asgard que não interessam nada. Devo ter adormecido nestas partes. Chegamos ao clímax e dá-se a "redenção" do Loki. Como é que se redime? Mata-se, ou deixa-se cair no infinito. 

Lá pelo meio, e à semelhança dos anteriores filmes da MCU, continua lá o gajo da SHIELD, o agent Coulson, desta vez com maior destaque. Deve ser o director dos recursos humanos da empresa, pois anda a fazer "entrevistas" de recrutamento.

Assim como quem não quer a coisa, também introduziram lá pelo meio, mais um personagem dos Avengers. O Hawkeye aparece lá uns segundos para não fazer nada. Um pouco à semelhança dos filmes no futuro (segundo consta). Que desperdício de Jeremy Renner.


O filme tem aquele ar muito limpinho. Estão todos sempre super bem maquilhados e penteados e asseados. O visual do filme é todo ele muito limpinho.
Depois tens umas cenas engraçadas quando o Thor chega à Terra. Aqueles clichés do "típico peixe fora de água" são um guilty-pleasure meu. Acho sempre divertido.
Já as cenas de luta são banais. Nada que fique na memória. Mas isso também acontece em 99% dos filmes actuais.

No geral, o filme não tem assim nada de muito grave a apontar. O problema é que também não tem muito que se destaque, a não ser a qualidade do vilão. Tive ali uns 10/15 minutos de sono, mas acho que não perdi muita coisa.

TOP MCU até ao momento:
The Incredible Hulk
Thor
3º Iron Man 
Iron Man 2

(Próximo filme: Captain America: The First Avenger)

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