quinta-feira, 22 de setembro de 2016

THE SHALLOWS (2016)


Tubarões. Os bons e velhos amigos tubarões. Há lá coisa mais fixe que filmes de tubarões? Tirando a saga Sharknado, que continua a inovar, é complicado ser original num filme de tubarões. Desde Jaws, muitos tentaram imitar Spielberg e ninguém conseguiu. Este ano chegou mais um filme "sério" sobre um tubarão que ataca humanos. Claro que o canal SyFy e a Asylum (entre outras companhias) continuaram a fazer filmes estapafúrdios com estes bichos, mas faltava um filme sério. E esse finalmente chegou.
Aqui temos uma boazona a surfar em praia no México. Mete-se em terreno de um tubarão. Gaja é atacada por ele e refugia-se numa mini-rocha no meio do mar. E é isto. Simples mas eficaz.
A primeira parte do filme (até ao primeiro ataque) serve para vermos a Blake Lively desfilar o seu corpo em biquíni. Boas imagens da paisagem, mar e corpo da Blake. E que corpo....
Dá-se o ataque e depois temos um filme do género do 127 Hours (aquele em que o James Franco fica preso numa rocha e tem de cortar o próprio braço). A mulher fica confinada a um espaço e o tubarão sempre a ronda.
Principal ponto positivo do filme: até certa altura mal se vê o tubarão. O que Spielberg nos ensinou com o seu Jaws foi que não é preciso mostrar o bicho para ele nos meter medo. Temos umas sombras, a barbatana e pouco mais. Como se costuma dizer: less is more. A cena do primeiro ataque enquanto a Blake está a surfar é prova disso. Vemos uma sombra na onda e só isso já assusta. Aliás, quando o tubarão ataca um gajo que anda lá no meio, o espectador não vê a cena. O realizador optou por mostrar a reacção dela enquanto o outro era morto. Depois há ali muito corte e costura de perna. Cena muito explícita.


A performance do tubarão também tem que se lhe diga. Trata-se de um inteligente, mas sobretudo paciente tubarão. Passa o filme a rondar à espera do melhor momento de atacar. E depois é de uma agilidade que não se vê muito nestes animais. Não sei o quão real é essa agilidade.
Uma palavra final para a melhor personagem do filme (além do corpo da Blake Lively) que é a gaivota ferida que acompanha a personagem principal durante quase o filme todo. Conseguiram fazer do bicho mais irritante das praias uma coisa fofa.

O que faltou ao filme? Saber o raio do nome da praia onde decorre a acção. Ela passa o filme todo a perguntar o nome e ninguém lhe respondeu.

No geral temos aqui um bom filme do género.

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