quarta-feira, 29 de junho de 2016

SPECIAL CORRESPONDENTS (2016)


Vamos lá ser curtos e grossos para falar deste filme. Ora, um filme do Ricky Gervais é sempre algo a olhar com atenção. 
Em relação a este filme, vamos só fazer um exercício simples. Imaginem o filme todo e substituam o Ricky Gervais. Seja como actor, argumentista e realizador. O que tínhamos? Um filme cómico que não ofende ninguém e que não traz nada de novo. Ou seja, um filme que passa despercebido.
Acontece que o filme é todo ele vindo da cabeça do Ricky Gervais. E se vem do génio dele, que raio se passou? A única explicação que me vem à cabeça, é que ele precisa de dinheiro para pagar as contas e com esse dinheiro fazer o que ele nos habituou. Aquilo que eu espero de Gervais é que ultrapasse a linha do politicamente correcto, que seja mesmo ofensivo. Se for essa a explicação, por mim está perdoado por este filme ligeirinho (mas que se vê bem).

segunda-feira, 27 de junho de 2016

FERRIS BUELLER'S DAY OFF (1986)


Quando éramos putos (e falo para a geração de 80) todos queríamos ser o Rambo, Indiana Jones ou Han Solo. Eram os nossos heróis. Mas eram heróis mais do mundo da fantasia. Sabíamos que nunca iríamos ser esses gajos durões. No entanto, havia um personagem que toda a gente adorava. Era um miúdo/puto do liceu que era uma espécie de exemplo a seguir. Esse gajo era o Ferris Bueller. Ora, o Bueller era o tipo que os rapazes queriam ser.
Em Portugal, este filme teve o anedótico título O Rei dos Gazeteiros (mais parece um título porno). E vem da mente do génio de John Hughes. Da mente deste gajo veio por exemplo o The Breakfast Club ou o Home Alone. O tipo era a pessoa que melhor compreendia as amarguras de crescer. De estar numa idade em que as preocupações eram o que se ia fazer no dia, que gajas íamos comer (em pensamento). Mas também compreendia o que nos arreliava, o quão difícil era por vezes passar a idade da adolescência e chegar à idade adulta. John Hughes era esse gajo.
Em relação ao Ferris Bueller, ele representava tudo o que um puto borbulhento desejava da vida. A minha vida está nas minhas mãos e eu faço o que quiser dela, e aproveito-a ao máximo. Leva o lema do "carpe diem" ao extremo.
A história deste filme é básica. O Ferris finge estar doente para não ir à escola e junta-se à namorada e melhor amigo num dia de gazeta. Passamos o dia com os 3, enquanto temos um director da escola, sempre desconfiado, a tentar desmascarar o gajo.
O filme, ainda hoje continua "actual", ou seja, ainda hoje desejamos ser o Ferris. Ainda hoje, com 33 anos desejo ser como ele. Poder faltar ao trabalho e ir passear de Ferrari pelas ruas da Figueira sem ser apanhado. Acontece que a nossa realidade é outra. Nunca vamos ser o Ferris. Aliás, estamos muito mais próximos de parecer o melhor amigo dele, o Cameron, que é super-neurótico, com medo de ir mais além. Na nossa realidade nunca teríamos o carisma do Ferris, que se safa de tudo.


Faz-me lembrar uma anedota que me contavam, em que se perguntava ao Joaozinho o que queria ser quando fosse grande. O Joaozinho dizia sempre que queria ser playboy, ou seja, andar em grandes carros, fumar grandes charutos e foder umas mulas boas como o milho. No final da anedota, o Joaozinho já só queria ser mini-playboy, ou seja, andar de bicicleta, fumar umas beatas e bater umas punhetas. Uma espécie de meter os pés no chão.
Bem, o filme é um aparente silly teen movie. Ou então não é aparente e é mesmo silly. O que é certo é que hoje é considerado um clássico acima de todos os seus pares.
Para finalizar, realce para todo o elenco. Parece ter sido escolhido a dedo. Desde o Matthew Broderick, que para toda a vida será o Ferris Bueller, ou então o gajo que entrou naquele remake do Godzilla que todos querem esquecer mas não conseguem.


A namorada dele é gira que dói. O amigo, parece que tinha quase 30 anos quando filmou mas passou bem pelo medricas do Cameron. Até o Charlie Sheen conseguiram pôr lá numa cena. Tem lá um cão que fazia o Cujo corar de vergonha. Se não conhecem o Cujo, ide pesquisar que não me apetece explicar.

Em suma, mais que um personagem, Ferris Bueller é um modo de vida e o feel good movie perfeito.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

NIGHTMARE ON ELM STREET (franchise)

Há 3 franchises de terror com os quais os miúdos dos anos 80 cresceram. Halloween, Friday the 13th e Nightmare On Elm Street. Três ícones do terror. Michael Myers (o meu preferido), Jason Voorhees (e a mãe) e o Freddy Krueger (o mais divertido).
Por alguma razão que nem eu sei qual é, os filmes do Elm Street sempre foram os que menos gostava. No entanto, e visto hoje em dia, são talvez os melhores (à excepção do primeiro Halloween). 
Nestes dias revi o franchise todo. De uma ponta à outra. Wes Craven é mesmo um mestre do terror. 
Aqui vai um comentário, em forma de top, desde o meu preferido até ao mais merdoso, que é o remake.
É possível que haja algum SPOILER.

WES CRAVEN'S NEW NIGHTMARE (1994) - O Novo Pesadelo de Freddy Krueger, de Wes Craven

Pois, o meu preferido não é o primeiro. É mesmo o sétimo!! Quando a saga estava na merda, Wes Craven pegou outra vez no leme e deu-lhe uma volta de 180º. Volta a contar com a Heather Langenkamp (estrela do 1º e 3º) e dá-lhe um tratamento um pouco meta.

A NIGHTMARE ON ELM STREET (1984) - Pesadelo em Elm Street, de Wes Craven


O original que nos deu a conhecer Krueger. Teve o desplante de matar o Johnny Depp numa das cenas mais memoráveis da saga.

3º A NIGHTMARE ON ELM STREET: DREAM WARRIORS (1987) - Pesadelo em Elm Street 3, de Chuck Russell


Tem lá uma jovem Patricia Arquette e o regresso da Heather Langenkamp. Tudo funciona no filme muito por culpa do realizador Chuck Russell.  A caracterização, a cinematografia, cenários, efeitos práticos.

FREDDY'S DEAD: THE FINAL NIGHTMARE (1991) - O Último Pesadelo em Elm Street, de Rachel Talalay


Este é um dos mais divertidos. Referências à cultura pop da época e um autêntico jogo de vídeo. Tem lá um cameo do Johnny Depp muito engraçado.

5º  A NIGHTMARE ON ELM STREET 2: FREDDY'S REVENGE (1985) - Pesadelo em Elm Street II, de Jack Sholder


Freddy Krueger é o vilão, mas quem mata é o puto protagonista. Leva o filme por um caminho que me agradou.

A NIGHTMARE ON ELM STREET 4: THE DREAM MASTER (1988) - Pesadelo em Elm Street 4, de Renny Harlin


A partir daqui são os mais fracos. Vi-o há dias e já me esqueci da história.

FREDDY VS. JASON (2003) - Freddy Contra Jason, de Ronny Yu


Quase que funciona como guilty-pleasure. Vale por meter no mesmo filme o Kruger e o Jason Voorhees. Mas atinge níveis de ridículo, mesmo considerando os filmes em questão.

A NIGHTMARE ON ELM STREET 5: THE DREAM CHILD (1989) - Pesadelo em Elm Street 5, de Stephen Hopkins

 Só não está em último, porque meti o remake na lista. O único que me deu sono.

A NIGHTMARE ON ELM STREET (2010) - Pesadelo em Elm Street, de Samuel Bayer


Sem palavras para descrever a merda que é este pedaço de estrume. Só uma pergunta: quem é aquele vilão, porque não é o Freddy Krueger.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

TOP CRUSHES - parte II

Segunda parte de uma lista de paixonetas da minha juventude. Porque eu era um rapaz com um coração enorme e "apaixonava-me" muito facilmente.

- SAMANTHA MATHIS, em Super Mario Bros (1993)


Podia ter sido no Broken Arrow, mas foi aqui que me apaixonei por aquela menina com ar de namoradinha. O filme é um guilty-pleasure e já foi comentado aqui.

- CLAIRE FORLANI, em Meet Joe Black (1998)


Neste filme eu já era um rapaz crescido, mas aquele ar de menina sem sal partiu-me todo. E porque gostei bastante do filme, nem que fosse para ver o Brad Pitt a servir de bola de ténis entre dois carros.

- PAIGE TURCO, em Teenage Mutant Ninja Turtles: The Secret of the Ooze (1991)


No primeiro filme era outra actriz, mas foi esta que me chamou mias a atenção. Era giraaaaaaaa.

- GILLIAN ANDERSON, em The X-Files (1993-2016)


Era a minha série favorita e ela era o charme em pessoa. Gira. E depois havia revistas com fotografias dela toda nua. Hoje deduzo que sejam montagens, mas na altura eu queria acreditar que tinha revistas com ela toda nua. Para mim, isso bastava.

- ADRIANA ESTEVES, em Pedra Sobre Pedra (1992)


A melhor telenovela de sempre (a par do Roque Santeiro) tinha esta jovem Adriana Esteves. Uma mulher que tem envelhecido muito bem.

- CHRISTINA RICCI, em Casper (1995)


Visto hoje, o filme não é nada de especial, mas na altura eu era uma espécie de teenager com as hormonas aos saltos. A miúda da Família Addams tinha crescido um bocadinho!

- KATHERINE HEIGL, em Under the Siege 2: Dark Territory (1995)


Fazia de sobrinha de Steven Seagal, dava porrada e era gira. Também me bastava. Eu sou um gajo simples com gostos simples.

- KATE WINSLET, em Titanic (1997)


Escolho o Titanic, mas podia escolher qualquer filme dela, porque ela vai bem em qualquer filme. O Titanic é um dos filmes da minha vida. E aqui temos direito aos marmelinhos dela, numa altura em que era uma jovem bem roliça.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

TEENAGE MUTANT NINJA TURTLES (trilogy)


Tartarugas Ninja. São tartarugas e são ninjas. Há algo mais absurdo que isto? É capaz de haver, mas imagino o que iria na cabeça do criador quando se lembrou que o que era giro era fazer umas tartarugas mutantes que seriam ninjas. Assim à primeira vista, é coisa para ser gozado. Mas o que é certo é que esse senhor acertou na mouche. Criou as bandas desenhadas, e a partir daí esses seres conquistaram o mundo. 


Para a minha pessoas, eu era fã. Nos anos 80/90 gostava dos desenhos animados apesar de nunca ter pegado num livrinho delas. Para mim os livros eram os da Turma da Mónica e do Tio Patinhas. Mas via os desenhos animados, apesar de não ser o maior fanático da série. Mas no entanto, andava eu na escola primária, e aparece assim do nada um filme em acção real das Tartarugas. Sim, era do nada, porque na altura internet era coisa ao nível da ficção científica. O mais próximo que eu tinha estado de um computador, era do meu Spectrum. Era um jovem pouco informado. O que é certo é que eu via filmes. E quando vi o primeiro filme das Tartarugas Ninja, era a melhor coisa que alguma vez se tinha feito. O MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS. E não estou a exagerar. Na altura eu não tinha adjectivos para descrever o quão bom era o filme. Para mim era sinónimo de PERFEIÇÃO. Ai a velhinha VHS que se deve ter gastado de tanto passar. Sim, porque se me perguntarem alguma coisa dos dois primeiros filmes, eu sei aquela merda de trás para a frente. 
Hoje já sou adulto de mais de 30 anos. Já vi muito cinema bom. Já vi muito cinema de merda. Estudei. Sou uma pessoa informada que até vê as notícias. Mas sabem de uma coisa? Ainda hoje, em pleno 2016, sou capaz de ver estes filmes com o mesmo prazer que via quando era um puto de 10 anos. Sim, para mim os filmes (principalmente o primeiro) continuam a ser perfeitos. E são perfeitos porque não mudava ali nada. São perfeitos porque continuo a ver os filmes com os olhos do mesmo puto que vibrava com o Leonardo (o meu preferido). Não preciso de ver os filmes com olhar imparcial, porque o cinema não é isso (deixo isso para os críticos). Não tenho de ver o filme e estar atento aos defeitos. Vejo estes filmes com os olhos do puto de 10 anos porque foi assim que os vi pela primeira vez e é assim que me faz feliz ver. E falo mesmo da felicidade mais pura. A felicidade que dura 90 minutos de filme, mas que nessa hora e meia volto a ser o puto tímido que era e que desejava ser o Keno do segundo filme, para poder ser amigo das Tartarugas.



A trilogia serviu também de pretexto para uma conversa animada. Três homens adultos a conversar com um entusiasmo pouco visto e a cantar o Ninja Rap. Foi no VHS e pode ser visto aqui. Passem por lá.

terça-feira, 14 de junho de 2016

THE NIGHT OF THE HUNTER (1955)


Em minha casa tenho uma colecção de filmes em DVD e Bluray. Gosto de os ter organizados e de vez em quando lá vou reorganizá-los. Claro que o maior problema é mesmo o espaço. E em casa de família, já se sabe que a mulher tem direito a todo o espaço possível, resumindo o espaço do marido a 3 gavetas para a roupa e uma divisão. Normalmente um escritório de 2 metros quadrados. Num destes dias, ando a percorrer os filmes que ainda não vi e que tenho lá por casa. Porque isso acontece. Há uma boa centena de filmes comprados e/ou oferecidos que ainda não lhes pus a vista em cima. Foi assim que cheguei a este The Night of the Hunter (título muito bem "traduzido" para A Sombra do Caçador). Por alguma razão que a própria razão desconhece, ainda não tinha visto este filme. Numa destas tardes, e como estava sozinho em casa, decidi pegar no filme. A mulher não me acompanha nestes filmes clássicos ou "antigos". Sofá só para mim, ambiente mais escuro, filme no leitor, cerveja numa mão, a outra por baixo das calças.  Ambiente criado. Play. 


O filme começa com umas crianças que encontram uma mulher morta. Logo depois somos confrontados com o vilão, uma espécie de pastor que está a falar com Deus.
Vou começar pelas partes negativas do filme. Hummm..... Deixem-me só pensar.... Continuo a pensar....... Não tem. E se tem, eu não me lembro. O filme só não tem 100% no Rotten Tomatoes, porque houve um palhaço qualquer da revista Variety que não gostou. 
Ora, isto acaba por ser um filme de terror no mais puro dos sentidos da palavra. Um homem, aparentemente simpático e querido para as pessoas introduz-se numa família, tudo para poder roubar um dinheiro que estava escondido. 
(Numa primeira leitura, este filme faz lembrar o Shadow of a Doubt do Hitchcock).
O poder deste filme está no facto de estarmos na maioria do filme na perspectiva das crianças a quem o homem quer roubar o dinheiro. 
Depois tem cenas que são do mais assustador sem o ser. Ou seja, cenas calmas e, aparentemente, sem sustos, dão-nos uns calafrios. Seja no monólogo do vilão do love/hate, seja na cena do rio, entre tantas outras. 
E o vilão!!!!! Robert Mitchum consegue ser terrífico como um segundo depois é do mais charmoso. Muitas vezes queixamo-nos que os vilões são unidimensionais. Aqui é o oposto. Um personagem com 3 ou mais dimensões. Carrega com o filme às costas.
Depois é preciso referir a fotografia deste filme. Um filme de 1955 que é capaz de meter inveja a muita coisa que sai agora. O Charles Laughton bebeu toda a inspiração no Expressionismo alemão dos anos 20. Um espectáculo. 


Para concluir, só tenho pena de ter descoberto este filme agora. Eu sei que mais vale tarde que nunca, mas entra já para os grandes filmes do cinema segundo aqui o escriba. Por isso, se não viram, corram a ver o filme. Deixem lá os filmes de terror de agora em pausa e deliciem-se com o que de bom já se fez por terras do tio Sam.



segunda-feira, 13 de junho de 2016

TOP CRUSHES (PAIXONETAS DA INFÂNCIA/ ADOLESCÊNCIA)

Lembram-se de quando éramos putos e fantasiávamos com alguma actriz que víamos no cinema? Tenho a certeza que não era só eu. E sim, havia filmes em que o botão "pause" era o mais utilizado. E sim, estou a falar do Instinto Fatal.  Mas mesmo quando era mais miúdo e com pensamentos mais puros, eu tinha fantasias com actrizes/ personagens que via enquanto crescia. 
Cá vai a primeira parte de uma lista de paixões que tinha e que acompanharam o meu crescimento.

- ANNA CHLUMSKY, em My Girl (1991 e 1994)


Porque Vada Sultenfuss é a única personagem por quem me apaixonei. Aliás, ela não sabe, mas foi o meu primeiro amor. 

- NICOLE EGGERT, em Baywatch (1992)


Muitos queriam a Pamela Anderson, mas eu tinha queda para a boazona com cara de menina. Começou com pequenas glândulas mamárias e depois, como por milagre, cresceram-lhe dois atributos muito bonitos.

- ANGELINA JOLIE, em Lara Croft: Tomb Raider (2001 e 2003)


Mas há coisa melhor que ver Angelina Jolie no topo da sua forma em trajes que meu deus?? A resposta é NÃO.

- ELISABETH SHUE, em The Karate Kid (1984)


Podia ser no Back to the Future, mas neste tem mais tempo de antena e anda de fato de banho. 

- TAMLYN TOMITA, em The Karate Kid, Part II (1986)


Como a Elisabeth Shue foi uma cabra no primeiro, esta foi trocada pela beleza oriental. O Daniel San andou embeiçado, e eu também, por uma menina asiática que upa upa..

- HEATHER LANGENKAMP, em A Nightmare on Elm Street (1984, 1987 e 1994)


Esteve em 3 filmes do Freddy Krueger e foi logo nos 3 melhores (O New Nightmare é um filmaço). Era a moça inocente que queríamos ter nos nossos sonhos ou pesadelos.

- PHOEBE CATES, em Gremlins (1984 e 1990)


Era a miúda mais fofa no cinema... Aquela carinha de anjo, do género girl next door, era a namorada que todos queriam ter.

- JUDY GARLAND, em The Wizard of Oz (1939)


Durante a infância, havia lá heroína como a Dorothy? Claro que não.

- INGRID BERGMAN, em Casablanca (1942)


Numa fase mais crescida, numa altura em que queria era mamas, surgiu o Casablanca na minha vida. E a partir daí comecei a ver as mulheres do cinema de outra forma. Ingrid Bergman e Grace Kelly foram as culpadas.

Nota final: é provável que mais tarde faça um top com outras mulheres.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

HUSH (2016)


Bem, tenho tido sorte nos filmes de terror/suspense que escolho para ver. Desta vez, acertei ao escolher este Hush. Um thriller de cortar a respiração (expressão muito banalizada mas que assenta que nem uma luva). 
Aqui a história é simples: uma escritora numa casa no meio da floresta. Já não é novo, até porque o Johnny Depp já andou a sofrer das suas no Secret Window. Só que aqui temos essa escritora e um psicopata lá fora. Importante de salientar é que a vítima é surda/muda. E o psicopata é apenas isso: um psicopata que se lembrou de fazer uns joguinhos meio sádicos com a mulher. Parece que nos anos 60 já houve um filme semelhante, que eu ainda não vi, o Wait Until Dark.
É na execução (ou trabalho do realizador e equipa) que este filme se destaca de um banalíssimo filme deste género. E no facto da gaja não ser burra nenhuma. E depois sejamos sinceros: os actores principais estão acima da média neste género. A actriz não conhecia. Já o actor, só sabemos quem é depois de tirar a máscara. SPOILER: é o tipo que leva um balázio nos cornos no 10 Cloverfield Lane (já analisado aqui.)
O principal ponto negativo: chegamos ao final do filme e não percebemos a motivação do vilão. Quer dizer, o gajo não tinha motivação. Era só um tipo a quem apetecia matar umas pessoas. Mas isso deixou-me um amargo de boca. Queria algo mais. Queria que houvesse uma razão para atacar aquelas pessoas.
Para concluir, recomendo até porque é um filme que não quer ser mais do que aquilo que é, ou seja, um thriller que entretém à brava. Ficamos ali agarrados à cadeira durante a quase hora e meia de filme.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

TEENAGE MUTANT NINJA TURTLES: OUT OF THE SHADOWS (2016)


Sim, eu fui ver ao cinema esta sequela das Tartarugas Ninja. Sim, eu paguei uns valentes euros à NOS para ir ver. O primeiro vi em casa. O primeiro foi uma merda, mas mesmo assim fui ver este ao cinema. Isto porque queira mostrar as Tartarugas ao afilhado. E enquanto não lhe mostro os filmes com que cresci e adoro, pensei em começar pelos maus. 
Começo por dizer que saí agradavelmente surpreendido da sala de cinema. Continua a ser um pedaço de bosta, mas é um pedaço de bosta divertido. Parece que souberam ouvir os fãs e corrigiram o que de mal se fez no primeiro. Outras coisas mantiveram-se más, mas já lá vamos. 

Pontos positivos:
- O filme centra-se nas Tartarugas e não na April. O primeiro era basicamente um filme da Megan Fox que metia lá as tartarugas pelo meio. Aqui, o caso muda de figura e se pagamos para ver as tartarugas, é com elas que levamos nas duas horas de filme. Gostei que a história se centrasse mais nelas e na tentativa de serem uma equipa. História batida, mas que acaba por estar sempre ligada a elas.
- O genérico final é uma espécie de miminho para os fãs. Versão moderna da música clássica dos desenhos animados. Gostei. 

Pontos negativos (ai, por onde começar?):
- Nenhuma acção ninja. Na verdade o filme dever-se-ia chamar Teenage Mutant Parkour Turtles. Por isso as cenas de acção é só para encher o olho de cenas confusas, com um clímax IGUAL ao do primeiro filme. Cena em cima de um arranha-céus.
- O personagem do Tyler Perry. Que merda foi aquela? Era suposto ter alguma piada?
- E o Casey Jones é um polícia desde quando?? Foda-se... queria arrancar os olhos quando vi aquilo. Não é que o actor esteja mal, mas caramba, Casey Jones no cinema é o Elias Koteas. Neste é só mesmo para agradar ao público feminino. Só usa a máscara de hóquei uns segundos que não se podia tapar a carinha laroca do menino. Sim, porque o gajo tem ar de menino e não de um bad-ass.
- O final deu-me dor de cabeça.
- Neste filme, Raphael é mais um pito birrento do que propriamente o "bad-boy/ muscle guy" do grupo. 
- E o Michael Angelo é realmente o mais engraçado, como sempre foi. Mas era preciso torná-lo tão burro?
- Vilões: o Schredder não faz basicamente nada. Gostei de neste filme ele ser um homem e não a espécie de robot que era no primeiro filme. O Krang há-de voltar. Não me lembro bem dele dos desenhos animados para ter uma opinião. 

No geral, o filme valeu pelo tempo de antena dado às tartarugas, que é realmente divertido, sem ser nas cenas de acção.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

FILMES DE MERDA QUE VI ULTIMAMENTE

Como não há paciência para fazer um post para cada um dos filmes, estes filmes não merecem mais que uma frase por cada.

- SAN ANDREAS (2015), de Brad Peyton


Um filme catástrofe que tem todos os clichés e mais alguns. Nem o carisma do Dwayne The Rock Johnson consegue salvar este filme do ridículo. No entanto vale pela Alexandra Daddario, que infelizmente não mostra nada. 

- OUIJA (2014),  de Stiles White


Dizem que é um filme de terror, mas terror é coisa que não há neste filme. É mau. Maus actores. A história não existe. Não se passa nada neste filme. Nem um susto para animar as hostes. 

- A NIGHTMARE ON ELM STREET (2010), de Samuel Bayer


Wes Craven deve estar a dar voltas no túmulo com este filme. O pior do filme é mesmo o principal, ou seja, o Krueger. Péssima caracterização. Nada contra o actor que o faz aqui, mas ele não é Robert Englund. Aqui mais parece um tarado sexual. E depois falta-lhe o sentido de humor. Nesta vaga de remakes dos clássicos de terror, este é dos piores.

- VEGAS VACATION (1997) - Férias em Las Vegas, de Stephen Kessler


Depois da trilogia original, que é das melhores sagas de comédia que me lembro, esbarraram nesta sequela. Mesmo o Chevy Chase parece que está aborrecido neste filme. Não resultou. Fiquemos antes pelo original e depois o do Natal e o da Europa. (E já agora esqueçam o reboot do ano passado)

- VAMPIRES (1998), de John Carpenter


Talvez o filme mais fraco de Carpenter, cuja filmografia é quase feita só de clássicos incontornáveis. Mas este é aborrecido. Ainda assim tem um look cool. James Woods faz basicamente dele próprio, e isso acaba por ser bom. E depois vale porque há mamas com fartura. 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

UNFRIENDED (2015)


Parece que lá para os lados do Tio Sam, ainda vão tendo ideias (mais ou menos) originais para filmes de terror. Quando digo "originais" refiro-me ao facto de não se basear em filmes que já existem, uma vez que estamos na era dos reboots, remakes, sequelas, prequelas, etc. E assim vão fazendo uns filmezinhos jeitosos neste género. Claro que a merda que sai supera-se ao que de bom/mediano vai saindo. Uma pessoa só tem de saber escolher. Por vezes é um trailer que vemos que nos chama a atenção. Outras vezes pode ser por sugestão de alguém. E foi assim que cheguei a este Unfriended. Um filme feito quase de graça (nos padrões de Hollywood), num género quase gasto, que é o found-footage
O filme basicamente é todo ele visto na perspectiva do ecrã de computador de uma teenager. O que à primeira vista vai afastar muita gente de ver o filme (afinal quem é que quer ver o que uma miúda tem de interessante para fazer num computador), é aquilo que torna o espectador num voyeur. Tem ali tudo: uma conta de facebook, messenger, lista de músicas (a minha ignorância não permite distinguir iTunes do spotify ou outro qualquer), etc. E é giro de ver que vamos conhecendo muito da cachopa, nem que seja pela escolha musical como pelo facto de que ela pensa sempre duas vezes antes de enviar uma mensagem. E tudo o que se passa naquele ecrã e de um realismo tal que não se vê muito em cinema mais convencional. Claro que o realismo esbarra quando a personagem principal assume que não sabe jogar ao "Eu Nunca". Quem é a pessoa naquela faixa etária que nunca jogou ao "Eu Nunca"? 
Quem nunca apanhou uma bebedeira e confessou grandes segredos a jogar a este jogo. Melhor que uma noite a jogar ao Trivial é jogar ao "Eu Nunca". Aceitem o conselho deste velho sábio.
A história do filme é simples. Até porque o target deste filme é o teenager, por isso convém manter as coisas simples. Temos um grupo de amigos que se reúne no Skype para conviver. Não quer dizer que tenham grandes conversas. Limitam-se a estar ali. E avaliar pelo conhecimento que tenho dos putos de hoje em dia, deve ser mais ou menos isso que eles fazem. Estão todos nesse convívio, quando reparam que há um ser estranho no meio da conversa. Não conseguem bloquear e apercebem-se que está a utilizar a conta de uma amiga que se tinha suicidado um ano antes. Essa entidade faz uma espécie de jogo mental com os miúdos e consegue colocá-los todos uns contra os outros.Basicamente a suposta amiga que se tinha suicidado está a vingar-se do facto de ter sido vítima de cyber-bullying


Resumidamente, é uma reflexão irónica à sociedade de hoje e tudo o que se passa na internet. Resulta em cheio, porque não há um momento em que me sinta aborrecido com o filme. Quero ver tudo o que escrevem e dizem no filme. Não ficará para a história, mas caramba, no meio de tanta merda no cinema, é um pouco refrescante.